terça-feira, 7 de maio de 2013

Mais Evoluido Não, Mais Adaptado


As pessoas hoje em dia têm a grande mania de dizer que tudo o que é 'melhor' é mais evoluído. Afinal, somos os seres mais evoluídos do planeta, certo?
Errado!


Lamarck, Haekel e Darwin sumindo com os sisos? 

Alguns de nós aprendemos na escola ou na faculdade: “quem não tem dente do siso é mais evoluído” ou “o apêndice está deixando de existir por causa do desuso”. Eu particularmente achava isso (até porque era muito bom dizer que eu  tinha nascido sem siso e apêndice)

Só porque temos um cérebro maior e mais desenvolvido, não quer dizer que tivemos uma maior evolução. Aliás, nem existe maior ou menor evolução, nem que voltássemos no tempo do primeiro ser vivo e analisássemos todas as ramificações e quantas variações elas tiveram até os dias de hoje descobriríamos o ser mais evoluído, porque a cada dia surgem indivíduos com diferenças mesmo sendo da mesma espécie, por mais sutis que sejam.



Tudo em questão de evolução é relativo. Há pessoas que acham que a evolução se dá ao mesmo tempo em todos os seres de determinada espécie. Essas dizem que o apêndice vai desaparecer, que o siso vai desaparecer e que vamos ser carecas no futuro. Erro completo: os genes do siso não vão desaparecer, porque hoje ninguém mais morre por conta disso. Vamos ao dentista, arrancamos o dente e pronto. Mas não arrancamos o gene. Assim é também com o apêndice: retiramo-lo e pronto. Tudo se resolve. Logo, o apêndice e o siso passarão a futuras gerações e eles ficarão por aí entre os humanos. É claro que pessoas sem essas características existirão, porque nascerão sem elas e passarão os genes que não as contêm para novas gerações.

A medicina tenta superar a seleção natural. A humanidade como um todo, no futuro, não terá maior resistência ao câncer, não será livre de siso, livre de apêndice e não será mais resistente imunologicamente. Terá, sem dúvida, representantes dessas "classes", misturados entre os espécimes que normalmente conhecemos hoje; mas, como já disse, nunca como um todo.
Portanto, não espere que no futuro seus filhos e netos sejam livres de doenças e pequenos incômodos. A não ser que tomem vacina. Há até uma chance de serem, mas é seguramente uma afirmação incerta.




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