quarta-feira, 13 de março de 2013

As Mulheres na Literatura


             Gente, vocês já perceberam como os autores gostam de criar personagens femininas idiotas? É isso mesmo, quantos livros vocês já leram em que a protagonista era uma mulher com baixa autoestima, que aceita tudo que seu parceiro faz e se acha “pouco” para ele?

            Vamos analisar primeiramente obras do século XIX e XX de grandes escritores brasileiros.  Em “Um certo capitão Rodrigo”, de Érico Veríssimo, Bibiana é o par romântico do Capitão Rodrigo. Par romântico apenas por definição, porque ela é uma chifruda conformada, que aceita todas as atitudes grosseiras e desleais do marido em silêncio. Este capitão não esteve presente nem no momento da morte da filha dos dois, pois estava jogando e bebendo na casa de terceiros. Ao ler a obra, fica uma revolta contra a personagem por esta ser tão boba e a curiosidade de saber se as mulheres do século XIX eram realmente tão idiotas como ela.

        Em “Senhora”, José de Alencar, nos faz conhecer Aurélia. Ela é o oposto de Bibiana, pelo menos depois que o amado a trai, desfazendo o noivado para se comprometer com outra. Aurélia faz Fernando de gato e sapato, se vingando da traição. Você podem estar se perguntando: “qual é o problema com a personagem então?”. O problema é que sua vida passa a girar em torno da vingança e ela não consegue ser livre para viver e muito menos ser feliz. É como se sua felicidade dependesse que Fernando se arrependesse e a amasse.


       Você pode estar pensando: “mas essas personagens são bem antigas” e se pensarmos que o mundo e os pensamentos sociais mudam a todo momento realmente são. Mas basta pensarmos em uma obra mais atual como a saga “Crepúsculo”, de Stephenie Meyer para percebermos que a figura da mulher ainda não é assim tão positiva. Vejamos a Bela, que o tempo todo fica com aqueles pensamentos idiotas de “como ele pode querer a mim” e “eu sou pouco pra ele”. Desconheço uma mulher que tenha uma autoestima tão baixa como ela. A situação só melhora um pouco quando ela vira vampira e passa a confiar um pouco mais em si mesma. Mas será que mulheres normais não podem ter uma boa autoestima então?

        Outra obra que fez sucesso na atualidade foi a trilogia dos 50 tons. O livro 50 tons de cinza nos apresenta a Anastasia.  Ela é bem parecida com a Bela quando o assunto é sua relação com o Christian Grey. Os mesmos pensamentos rolam o tempo todo: “como ele pode estar apaixonado por mim?” aff! Porque essas mulheres da literatura não são mais parecidas com as mulheres reais? Nós, mulheres, não somos e nem podemos ser como estas personagens. Saibam sempre o valor que vocês têm. Feliz do homem que conquistou o seu amor, ele deve fazer por onde merecê-lo. E que fique a dica: se amem em primeiro lugar, pois se você não tiver amor próprio, o outro pode passar por cima de seus sentimentos e você nem perceber.




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