quinta-feira, 6 de junho de 2013

#Resenha Jornal Nacional - Modo de Fazer



Todo mundo sabe o que é o Jornal Nacional. Mas eu preciso começar o livro de algum jeito – e é recomendável que seja do começo.
O Jornal Nacional é um programa jornalístico de televisão. Por ser jornalístico, apresenta temas comuns aos jornais impressos, aos programas jornalísticos de rádio, aos sites da internet voltados para notícias e, em parte, às revistas semanais de informação.
O livro de William Bonner Tem como finalidade mostrar aquilo de mais importante aconteceu no Brasil e no mundo naquele dia Por ser um programa de televisão, procura apresentar esses temas com a linguagem apropriada, inteligível e dinâmicos ao veículo:

·         Texto claro, para ser compreendido ao ser ouvido uma única vez,
·         Ilustração de imagens que despertem o interesse do público por eles – mesmo que não sejam temas de apelo popular imediato.
·         Isenção de dogmas, influencias e pontos de vistas.
·         Correções, sempre que surgem novas informações com relação ao assunto.

Como todos os veículos jornalísticos, o JN busca aquilo que os profissionais da área chamam de "furo": uma informação de grande importância que nenhum outro jornal, site ou programa tenha tornado pública antes. Mas tem peculiaridades que nenhum outro possui. E uma das mais importantes é o número de pessoas que buscam informação nele.
Algumas diferenças entre o Jornal televisionado e o impresso:

·         O JN está disponível a todos os brasileiros com acesso à energia elétrica e a uma televisão diante dos olhos. Nisso, o JN se afasta abissalmente dos jornais impressos, que dependem de uma logística de distribuição física própria para vencer a geografia e chegar aos leitores.
·         Enquanto o JN é gratuito, Jornais impressos são pagos.
·         Jornais impressos são produtos voltados exclusivamente para cidadãos alfabetizados, ao contrario da TV.

Mas e o rádio? Um programa de radiojornalismo, como o telejornal, também não prescinde de público letrado e de distribuição física. Em ondas curtas, ele chegará aos mesmos rincões em que a parabólica é necessária para ver TV. Mas sem imagem – e com menos qualidade de som. E nenhuma rede de rádio alcança a mesma cobertura da Rede Globo de Televisão.
A questão do alcance do Jornal Nacional é essencial, está na raiz do programa.

"Nas primeiras exibições do Jornal Nacional, usava-se o adjetivo na previsão do tempo. Mas isso foi proibido, porque se falava assim: ‘O tempo é bom no Nordeste’. Escreveram para a redação: ‘O tempo é bom para quem? Para carioca ir à praia? Para mim, que estou na lavoura, é ruim. Tivemos que mudar. Então, o adjetivo caiu." (Memória Globo, 2/2/2009)

O dia a dia do JN:
·         Reunião de Caixa – Primeira reunião do dia por videoconferência com as previsões de pauta;
·         Reunião do Espelho – Lista de todos os assuntos aprovados para edição (reflete uma filosofia editorial);
·         A hora dos “ cheirosinhos” – Atualização do espelho

Cada profissional envolvido no processo de produção de material jornalístico para o JN precisa ter em mente que aquilo será mostrado para cidadãos de todas as regiões brasileiras (e no exterior, pela Globo Internacional), de todas as idades e orientações sexuais, de todos os estratos socioeconômicos, de todas as faixas de renda, de todos os credos, todas as cores, todas as posições políticas, todos os níveis de escolaridade. Todos. E todas as noites, estreladas ou nubladas, o JN precisa atingir seu objetivo. 


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