Se tem algo que cansa nessa vida é a
tal da rotina. Ao longo da vida acabamos criando hora para tudo, dessa forma a
vida acaba sendo empurrada com a barriga e deixamos de observar os belos
pequenos detalhes da vida.
Outro dia eu estava em casa e num
momento de reflexão percebi que no lote tinha várias
maritacas numa árvores. Elas estavam cantando e interagiam-se entre si. Tinha
umas 10 maritacas e o som que elas faziam seria facilmente percebido se as
pessoas não estivessem correndo tanto para cumprir as metas impostas pela
rotina.
Já no lote da frente, há uma
construção e o barulho chato de martelo se misturava ao canto das maritacas. É estranho
pensar que esse barulho irritante com certeza estava sendo notado pelas
pessoas, enquanto o som das maritacas não era percebido.
Quantas vezes deixamos de perceber
um gesto de carinho porque estamos com pressa? Quantas pessoas saem para
trabalhar atrasadas e nem dão importância ao abraço que o filho queria dar? A
vida passa e deixamos as pessoas de lado, não apreciamos a natureza e fazemos inúmeras
coisas sem pensar, como se o automático estivesse ligado (tipo no filme “Click”).
Quantas coisas você já fez no automático?
Pode ser algo simples como guardar a chave no lugar costumeiro e depois pensar:
“uai, eu já guardei essa chave?”. Ou deitar na cama e pensar: “esqueci de tirar
o brinco”, ai coloca a mão na orelha e percebe que já tinha tirado sim.
Começamos assim, com coisas simples.
O problema é deixar o automático ligado em momentos importante e perceber isso
quando já for tarde demais, pois a vida passa e as pessoas não “são eternas”.
0 comentários:
Postar um comentário