quarta-feira, 24 de abril de 2013

#Rotina



            Se tem algo que cansa nessa vida é a tal da rotina. Ao longo da vida acabamos criando hora para tudo, dessa forma a vida acaba sendo empurrada com a barriga e deixamos de observar os belos pequenos detalhes da vida.
            Outro dia eu estava em casa e num momento de reflexão percebi que no lote tinha várias maritacas numa árvores. Elas estavam cantando e interagiam-se entre si. Tinha umas 10 maritacas e o som que elas faziam seria facilmente percebido se as pessoas não estivessem correndo tanto para cumprir as metas impostas pela rotina.


            Já no lote da frente, há uma construção e o barulho chato de martelo se misturava ao canto das maritacas. É estranho pensar que esse barulho irritante com certeza estava sendo notado pelas pessoas, enquanto o som das maritacas não era percebido.
            Quantas vezes deixamos de perceber um gesto de carinho porque estamos com pressa? Quantas pessoas saem para trabalhar atrasadas e nem dão importância ao abraço que o filho queria dar? A vida passa e deixamos as pessoas de lado, não apreciamos a natureza e fazemos inúmeras coisas sem pensar, como se o automático estivesse ligado (tipo no filme “Click”).
            Quantas coisas você já fez no automático? Pode ser algo simples como guardar a chave no lugar costumeiro e depois pensar: “uai, eu já guardei essa chave?”. Ou deitar na cama e pensar: “esqueci de tirar o brinco”, ai coloca a mão na orelha e percebe que já tinha tirado sim.
            Começamos assim, com coisas simples. O problema é deixar o automático ligado em momentos importante e perceber isso quando já for tarde demais, pois a vida passa e as pessoas não “são eternas”. 


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