E quem foi que disse que seria fácil?

O tema de hoje está intensamente ligado a cada um de nós: a vida. Todos nós estamos aqui para cumprir esta jornada e durante a caminhada passamos por situações diversas. Momentos de alegria e tristeza, amor e ódio, brigas e reconciliação, otimismo e pessimismo. Cada dia é único e nem sempre esperamos o turbilhão de novidades que a vida nos traz.

Acho difícil falar da vida, sem que me venha à cabeça a música “O que é, o que é?”, de Gonzaguinha e separei a seguintes estrofe da música para tratar o assunto:

“Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...”

Não estamos aqui de passagem, nem ao menos viemos a Terra apenas para nos divertir, aqui estamos para aprender e evoluir e ninguém disse que viver é fácil, pois não é. Aprender não é fácil, muitas vezes levamos muito tempo para aprender coisas simples, quem dirá então, aprendermos a sermos seres melhores.

Uma vez, quando estava muito desanimada com a vida, meu pai me disse uma coisa que sempre permanecerá comigo. Ele disse algo assim: “Minha filha, a vida não é fácil. A vida é feita de momentos bons e momentos ruins e muitas vezes temos mais momentos ruins do que bons. Mas é assim mesmo, por isso temos que aproveitar os momentos bons.”.

Bom é isso, aproveitar os bons momentos e torna-los inesquecíveis, isso é uma boa dica. Há momentos tão mágicos na vida que valem por vários momentos tristes e que nos fortalecem para que a gente possa continuar trilhando o nosso caminho. Mas é bem importante que estejamos de olhos abertos, pois com a correria do dia a dia, muitas vezes deixarmos momentos especiais passarem sem ser percebidos.

A sensação que dá é que a vida tem passado despercebida para as pessoas. Todos estão tão preocupados em estudar para ter um bom trabalho, ai ter dinheiro, consumir, ter isso ou aquilo e esquecem que não estamos aqui para comprar palácios, mas para evoluirmos espiritualmente. E esta evolução a que viemos buscar é esquecida por muitos. Passamos a ser tão individualistas, pensamos tanto no nosso umbigo, que não nos importamos mais com o próximo.

Quantas vezes vemos pessoas marginalizadas, seres humanos passando fome, crianças jogadas ao relento e não sentimos mais nada? Ou quantas vezes vemos adolescentes morando nas ruas e o único sentimento que temos é o “medo”? O pior é que não é medo de que estes adolescentes não tenham oportunidades melhores, é medo de ser assaltados, roubados.

 

No mundo de hoje a inversão de valores é tão grande que passamos a nem notar o quanto valores essenciais deixaram de ser importantes. É tudo tão corrido, que muitas vezes não damos o devido valor ao sorriso, a um gesto de gentileza ou a uma palavra amiga. Não temos, inúmeras vezes, tempo de cuidar de nós mesmos. Dormimos na hora que o sistema permite, acordamos quando o sistema quer, não respeitamos mais o nosso sistema biológico.

Não temos mais tempo de respeitar nossas vontades, nem nossas necessidades. Estamos preocupados demais com o futuro para lembrar que o futuro pode nem chegar e por isso devíamos nos importar com o hoje, com o agora.

Ser feliz...é isso que todos buscam, mas a maioria por caminhos contraditórios. Como diz a música da banda Charlie Brown Júnior:

“Viver, viver e ser livre

Saber dar valor

Para as coisas mais simples

Só o amor constrói

Pontes Indestrutíveis”

O amor é sempre um bom caminho para a felicidade. Amar a gente mesmo em primeiro lugar e depois, amar o próximo e sermos amados por eles. Respeitarmos as nossas vontades, nossos sonhos, corremos atrás do que importa pra gente e não apenas passarmos a vida batalhando pelo que a sociedade prega ser o certo. Tirarmos um tempo para sermos felizes e nos permitirmos essa felicidade, como dizia a música de Gonzaguinha:

“Viver!

E não ter a vergonha

De ser feliz

Cantar e cantar e cantar

A beleza de ser

Um eterno aprendiz...”