quarta-feira, 21 de agosto de 2013

JMJ Um Mês Depois - Tudo Que Vivi


O texto abaixo é meu depoimento sobre a Jornada Mundial da juventude para o Livro das “Gurias da Getúlio”, que contará como foi a experiência de 25 mulheres, comunicólogas que se abrigaram nessa famosa Rua do Meier , numa casa Fluminense ( com ressalva) cheias de histórias e momentos de fé.



“Eu me abro ao Teu querer
Eu me rendo a Tua voz
Quero me submeter
Quero conhecer Teus planos” – Banda ARKANJOS
Meu nome é Ana Marilce, tenho 23 anos, moro em Belo Horizonte – Minas Gerais. Essa é a minha primeira Jornada Mundial da Juventude (JMJ) tanto como peregrina, como voluntaria e você? Assim, 6 meses antes da jornada eu me apresentava as dezenas de amigos que começava fazer por meio da troca de cartas entre os voluntários.
Quando fiz minha inscrição eu nem sabia ao certo o que era jornada mundial e mal podia pensar em ser selecionada. Mas naquele começo de Julho de 2012 quando recebi a confirmação, só pedi a Deus para que fosse feita a Sua vontade, não só em mim, mas na minha nação para este Kairós.

Vivência
O Rio de Janeiro sempre esteve acostumado com turistas, mas nunca viu uma multidão pacífica se espalhando pelas ruas, invadindo os ônibus, conquistando as praias, cantando e rezando alto. Alegres, meio moleques, meio sérios, levando varias bandeiras como porta-estandartes de um carnaval reverente, lúcido e feliz. Nunca tinha visto restaurantes transformados em babéis multilíngues, multiétnicas, multiculturais. Nem os saguões de aeroportos abarrotados com passageiros que ignoravam o desconforto e os atrasos, porque aquilo era bobagem perto daquilo que vieram buscar.
E falando dos contratempos, as longas filas, a falta de banheiro e outros incômodos, apontam o que para mim que foi um retrato da vida, não pela sua grandiosidade, mas pelos desafios. A chuva simplesmente foi sinal de Deus, mesmo molhados sorriamos porque estávamos encharcados do Rio de Água Viva. Todo Sacrifício não tinham importância, não estávamos ali para ver o Papa nem para conhecer estrangeiros: Fomos para se encontrar com o próprio Cristo, ser Cristão, ser Igreja!
O amor ao próximo foi algo muito presente: Pessoas que não se conheciam ajudavam umas as outras! Rezar em libanês, usar roupas de uma Colombiana, cambiar com os paraguaios, trabalhar com um mexicano e almoçar com egípcios, americanos e venezuelanos. O cumprimento caloroso em línguas diferentes, o famoso “portunhol” e “Inguês” foram facilmente interpretados pelos olhares. Encontrei diversos amigos, alguns que conhecia só por internet, outros por cartas e outros como as GURIAS DA GETULIO que nunca tinha visto na vida, mas que unidas pela fé deixaram uma marca especial no meu coração.


Voluntariado
Nos voluntários da JMJ Rio 2013 fomos chamados, assim como os apóstolos, a seguimos Jesus. Quando tudo começou não me sentia tão próxima de Deus, mas sabia que viver a JMJ seria decisivo na minha vida e na minha fé. Mesmo sem conhecer a exata dimensão do que seria esse voluntariado, mergulhei fundo. Lancei as redes, e posso dizer: consegui. Não foi apenas um trabalho, foi uma vitória pessoal, pois ver que além daqueles mais de 3,7 milhões de jovens outras milhões de pessoas foram alcançadas pelo trabalho realizado no Media Center, pela colaboração de profissionais como eu me impressiona. Lembro do primeiro treinamento de Comunicação quando nos disseram “Vocês não vivenciaram os grandes eventos, mas mostrarão a cara da jornada para o peregrino e serão a voz da jornada para mundo.”
Ter o prazer de ler os seus discursos foi uma das maiores bênçãos que Deus podia me conceder. “É necessário ainda não ter medo de anunciar o Evangelho”, lembro-me do Papa Francisco, dando o exemplo. Distribuindo simpatia ele conquistou muitos corações que já estavam adormecidos na fé. Usar da minha profissão para ser voluntaria na assessoria me mostrou que a graça de Deus é cotidiana e, em geral, está fora da nossa zona de conforto na simplicidade de uma Boa Noite ou em um bate papo com os seguranças.

Legado
Quando retornei as pessoas a minha volta estavam diferentes. Eu estava diferente! Ver a mensagens do Papa no facebook de amigos não praticantes, ouvir que haviam acompanhado pela TV, tudo isso só reafirmou o quanto valeu a pena.

 A alegria de ver de perto o sucessor de Pedro é indescritível. Voltamos levando um chamado. Ide e fazei discípulos entre todas as nações. Ide. Ir, não ficar parado, não ser mais só um católico de nome. Viver o Evangelho e não só falar dele. A Jornada Mundial é da Juventude porque exige grandes sacrifícios, que não são nem lembrados quando nos unimos a quem amamos e chegamos à meta de reencontrar na simplicidade de momentos rápidos um sentido para viver, perseverar e sofrer, sempre seguindo os planos de Deus como fala a música no começo do texto. 



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